O dólar fechou em queda nesta quarta-feira (15), aos R$ 6,02. Investidores acompanham os dados de inflação dos Estados Unidos desta semana e a notícia de um cessar-fogo entre Israel e Hamas. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, opera em forte alta, de 3%.
Após 467 dias de guerra em Gaza e quase 48 mil mortos, o tratado entra em vigor no domingo (19). Esse é o segundo acordo de trégua desde o início do conflito em outubro de 2023, que intensificou as tensões no Oriente Médio.
Desta vez, a proposta é implementar medidas para acabar com o conflito em fases. Saiba mais na reportagem do g1.
Nos EUA, a inflação ao consumidor subiu um pouco mais do que o esperado em dezembro, em meio aos custos mais altos dos produtos de energia. O indicador avançou 0,4% no mês, acima do projetado pelo mercado, de 0,3%. Em 12 meses, no entanto, ficou em 2,9%, em linha com o esperado.
Nos EUA, a inflação ao consumidor subiu 0,4% em dezembro, com custos mais altos dos produtos de energia e acima da expectativa de 0,3%. Em 12 meses, a inflação ficou em 2,9%, conforme esperado.
Além disso, a temporada de balanços corporativos nos EUA começa, com grandes empresas financeiras divulgando resultados nesta quarta-feira.
Já no cenário doméstico, as atenções ficam com os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado das contas públicas em novembro também ficou na mira durante o dia.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
SAIBA MAIS:
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- O TOM DE LULA: Falas do presidente impactaram a moeda em 2024; entenda
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Dólar
O dólar fechou em queda de 0,36%, cotado a R$ 6,0241. Na mínima do dia, foi a R$ 6,0114. Veja mais cotações.
Com o resultado, acumulou:
- queda de 1,27% na semana;
- recuo de 2,52% no mês e no ano.
Na véspera, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,85%, cotada a R$ 6,0458.
Ibovespa
Às 17h40, o Ibovespa subia 3%, aos 122.877 pontos.
Na véspera, o índice fechou em alta de 0,25%, aos 119.299 pontos.
Com o resultado, acumulou:
- alta de 0,13% na semana;
- perdas de 1,06% no mês e no ano.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
O que está mexendo com os mercados?
A inflação nos EUA e seus possíveis efeitos na política de juros do Federal Reserve (Fed) continuam a impactar os mercados. Segundo o Departamento de Trabalho dos EUA, a inflação ao consumidor subiu 0,4% em dezembro, acima da expectativa de 0,3%. Em 12 meses, a inflação ficou em 2,9%, conforme esperado.
Na véspera, o Departamento do Trabalho dos EUA indicou que o índice de preços ao produtor (PPI) subiu 0,2% em dezembro, após um aumento revisado de 0,4% em novembro. Em 12 meses, o índice avançou 3,3%.
Esses dados sugerem que o Fed pode realizar mais cortes de juros este ano. Juros mais altos nos EUA aumentam a rentabilidade dos títulos públicos do país, considerados os mais seguros do mundo, e podem valorizar o dólar frente a outras moedas, incluindo o real.
Por outro lado, o presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, disse nesta quarta que ainda acredita que a inflação está progredindo em direção à meta de 2%, e que está particularmente encorajado pela recente flexibilização da inflação relacionada ao setor imobiliário e otimista quanto à continuidade da desaceleração econômica em 2025.
Ao mesmo tempo, Goolsbee afirmou, durante um fórum sobre perspectivas econômicas no Fed de Chicago, que os sinais recentes de arrefecimento da inflação são desanimadores, porque se encaixam no que tem sido um padrão persistente de melhorias sazonais nas pressões sobre os preços.
Esse cenário de dólar forte e juros mais altos do que o previsto nos EUA fica ainda mais evidente com a eleição de Donald Trump para a Casa Branca.
O novo presidente dos EUA promete uma agenda protecionista, priorizando a atividade interna e limitando a concorrência estrangeira. Isso pode pressionar a inflação e impedir novos cortes de juros pelo Fed.
Além disso, a temporada de balanços corporativos nos EUA começa com a divulgação dos resultados de BlackRock, Citigroup, Goldman Sachs, J.P. Morgan e Wells Fargo nesta quarta-feira.
No Brasil, o destaque é a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de novembro, divulgada pelo IBGE. O setor de serviços apresentou uma retração de 0,9% no mês, contra a expectativa de recuo de 0,3%. Apesar disso, o setor deve ter encerrado 2024 com desempenho positivo.
Por fim, investidores continuam atentos ao cenário fiscal brasileiro. Em novembro, as contas do governo registraram um déficit primário de R$ 4,5 bilhões, uma melhora em relação ao déficit de R$ 38 bilhões no mesmo período do ano passado.
Nos primeiros onze meses deste ano, o déficit acumulado foi de R$ 66,82 bilhões, comparado a R$ 112,46 bilhões no mesmo período do ano passado.
Na véspera, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o projeto que flexibiliza o pagamento das dívidas bilionárias dos estados com o governo federal.
Lula vetou trechos que, segundo o governo, impactariam o resultado primário das contas públicas, buscando equilíbrio entre receita e despesas em 2025 e nos próximos anos. Esses trechos serão analisados novamente pelo Congresso, que pode restaurá-los se atingir um número mínimo de votos.
“A sanção presidencial reforça o compromisso com a solução das dívidas dos estados, permitindo a redução dos juros, o alongamento da dívida e o uso de ativos para abater débitos, incentivando uma gestão fiscal responsável e investimentos em áreas prioritárias para o desenvolvimento do país”, afirmou o governo.
Nesta quarta-feira, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse que a renegociação da dívida dos estados deve levar a uma perda de R$ 20 bilhões por ano para o governo federal.
Fonte: G1
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