Papa Francisco fez “telefonema tenso” a presidente israelense, diz jornal: “Proibido responder ao terror com terror”

O Papa Francisco falou ao telefone com o presidente israelense Isaac Herzog sobre a guerra entre Israel e Hamas no final de outubro.

A conversa entre os dois foi descrita como um “telefonema tenso”, de acordo com uma reportagem do Washington Post na quinta-feira (28), citando um alto funcionário israelense familiarizado com a ligação, que não foi relatada anteriormente.

Herzog contou a Francisco sobre o nível de choque sem precedentes sentido em Israel após o ataque do Hamas em 7 de outubro, quando o papa disse que é “proibido responder ao terror com terror”, segundo o Post, citando o responsável israelense.

Uma fonte do Vaticano confirmou na sexta-feira (1º) à CNN que um telefonema entre o presidente israelense e o papa ocorreu no final de outubro, mas a CNN não conseguiu verificar se Francisco usou os comentários de “terror”.

Numa declaração ao Washington Post sobre o telefonema, o Vaticano disse: “O telefonema, como outros nos mesmos dias, ocorre no contexto dos esforços do Santo Padre destinados a conter a gravidade e o alcance da situação de conflito no país da Terra Santa.”

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Poucos dias depois do seu telefonema com Herzog, o papa conversou com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, em 2 de novembro. Em 22 de outubro, Francisco ligou para o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre a guerra.

“Isso é terrorismo”

O papa descreveu publicamente a guerra entre Israel e o Hamas como terrorismo.

No dia 22 de novembro, durante uma audiência geral na Praça de São Pedro, Francisco disse: “Esta manhã, recebi duas delegações, uma de israelenses que têm parentes como reféns em Gaza e outra de palestinos que têm parentes que sofrem em Gaza. Eles sofrem tanto, e ouvi como ambos sofrem: as guerras fazem isso, mas aqui fomos além da guerra. Isto não é guerra; isso é terrorismo.”

O papa apelou repetidamente a um cessar-fogo na guerra entre Israel e Hamas e mantém contatos regulares com a comunidade católica em Gaza.

 

Fonte: CNN

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