Argentino, cuja presença era incerta, comparece ao “Oscar dos Esportes”. Rayssa Leal, cotada na categoria “Esportes de Ação”, bate na trave pela segunda vez
A prateleira de Lionel Messi tem mais um troféu para a coleção. O argentino foi eleito o “Atleta do Ano” do Prêmio Laureus, em cerimônia realizada nesta segunda-feira, em Paris, na França. A conquista da Copa do Mundo pela Argentina apontava o favoritismo para o craque, que, pela segunda vez, fatura a premiação, repetindo o feito de 2020, na Alemanha. No feminino, a jamaicana Shelly-Ann Fraser-Pryce ficou com o título de “Atleta do Ano”.
A pergunta mais entreouvida durante a cobertura do Prêmio Laureus foi: “Messi estará na cerimônia?”. O astro, que mora na cidade e atua pelo PSG, passou por momentos conturbados nos últimos dias. Entretanto, compareceu ao evento, considerado o “Oscar dos Esportes”.
– Quero agradecer à Academia Laureus – o que torna esses prêmios tão especiais para nós, atletas, é o fato de que eles são votados por esses campeões incríveis, meus heróis, e isso coloca minhas conquistas esportivas em um contexto real. Esta é a primeira vez que sou o único vencedor do Prêmio Laureus de Melhor Atleta Homem do Ano e, depois de um ano em que finalmente ganhamos outro prêmio que perseguíamos há muito tempo, na Copa do Mundo no Catar, é uma honra poder segurar esta estatueta Laureus – declarou o camisa 10, que também teve motivos para comemorar pois a Seleção Argentina foi aclamada com o prêmio de “Time do Ano”.
Messi e Alcaraz são premiados no Laureus 2023 — Foto: Stephane Cardinale/Getty Images
Se a expectativa em torno de Lionel Messi foi confirmada, o mesmo não pode ser dito em relação à brasileira Rayssa Leal. A skatista, que marcou presença na capital francesa, perdeu para a chinesa Eileen Gu, do Esqui Estilo Livre, na categoria “Esportes de Ação”. Esta foi a segunda vez que a “Fadinha” bate na trave. Em 2020, ela havia sido indicada também.
Lionel Messi era favorito ao posto de “Atleta do Ano” — Foto: EFE
Aos 20 anos de idade, Carlos Alcaraz também escreveu seu nome na história do prêmio. O espanhol, apontado como sucessor de Rafael Nadal, foi eleito a “Revelação do Ano”.
A aguardada categoria “Retorno do Ano” coroou Christian Eriksen. O dinamarquês ganhou notoriedade mundial após sofrer uma parada cardíaca no dia 12 de junho de 2021, durante a partida da sua seleção contra a Finlândia pela Euro 2020. A redenção do atleta se deu na Copa do Mundo, quando atuou em todas as partidas, não deixando dúvidas sobre a sua reabilitação.
Messi e a esposa Antonella Roccuzzo no Prêmio Laureus 2023 — Foto: Stephane Cardinale/Getty Images
Os indicados para o Prêmio Laureus são decididos pela mídia mundial, e os vencedores são votados pelos 71 membros da Academia Laureus — figuras lendárias nos últimos 50 anos de excelência no esporte e principal júri esportivo.
Confira a lista dos vencedores:
PRÊMIO LAUREUS DE MELHOR ATLETA HOMEM DO ANO
Lionel Messi (Argentina) Futebol — foi o capitão da Argentina na Copa do Mundo e Bola de Ouro de melhor jogador.
PRÊMIO LAUREUS DE MELHOR ATLETA MULHER DO ANO
Shelly-Ann Fraser-Pryce (Jamaica) Atletismo — quebrou o recorde ao conquistar o quinto título nos 100 m em Campeonatos Mundiais .
PRÊMIO LAUREUS DE TIME DO ANO
Seleção Argentina de Futebol Masculino — vencedores da Copa do Mundo após uma final emocionante contra a França .
PRÊMIO LAUREUS DE REVELAÇÃO DO ANO
Carlos Alcaraz (Espanha) Tênis — conquistou o primeiro título do Grand Slam e atingiu o primeiro lugar no ranking mundial.
PRÊMIO LAUREUS DE RETORNO DO ANO
Christian Eriksen (Dinamarca) Futebol — retornou à Premier League após uma parada cardíaca durante a Euro 2020.
PRÊMIO LAUREUS PARA ESPORTISTA COM DEFICIÊNCIA
Catherine Debrunner (Suíça) Atletismo — quatro recordes mundiais em três dias de competição.
PRÊMIO LAUREUS PARA ESPORTISTA DE AÇÃO
Eileen Gu (China) Esqui Estilo Livre — ouro duplo (em big air e halfpipe) para a sensação adolescente .
LAUREUS ESPORTE PARA O BEM
Movimento TeamUp (Global) — crianças refugiadas aliviam o estresse por meio de atividade física, apoiadas por War Child, UNICEF e Save the Children .
FONTE: Ge