Exame toxicológico preliminar de baiana que morreu na Argentina aponta presença de cocaína e outras drogas, diz advogado

Emmily Rodrigues morreu no dia 30 de março, após cair de um prédio em Buenos Aires. Ainda não há informações sobre a quantidade das substâncias encontradas no organismo da vítima.

 

O exame toxicológico preliminar da baiana Emmily Rodrigues, que morreu após cair do sexto andar de um prédio em Buenos Aires, na Argentina, apontou para o uso de drogas como cocaína, maconha, ketamina e mdma. As informações são do advogado da família, o argentino Ignácio Trimarco.

A ketamina é um anestésico geral utilizado em procedimentos cirúrgicos e causa alucinações. Já o “mdma” é conhecido popularmente como ecstasy, causa alucinações e estado de euforia. Ainda conforme foi dito pelo advogado, ainda não há informações sobre a quantidade das substâncias encontradas no organismo da vítima.

Emmily morreu após cair do apartamento do empresário Francisco Sáenz Valiente. Ele é investigado por feminicídio e chegou a ser preso, mas foi solto, no dia 19 de abril, após a Justiça da Argentina entender que não havia razões para mantê-lo custodiado.

A versão apontada pela defesa do suspeito é que a brasileira estava sob efeitos de alucinógenos e se suicidou.

O corpo da baiana ainda não foi liberado pela polícia e as investigações seguem no país. Segundo o advogado Ignácio Trimarco, os próximo passo do caso é esperar o resultado final dos exames, para entender a gradação de cada entorpecente no corpo de Emmily.

Além disso, uma audiência na Câmara de Apelações está prevista para o dia 16 de maio, na Argentina.

Relembre caso

 

Emmily Rodrigues — Foto: Redes sociais

Emmily Rodrigues — Foto: Redes sociais

 Na noite do dia 29 de março, a brasileira Juliana Magalhães Mourão, de 37 anos, levou Emmily a um jantar com Francisco e outros amigos em Buenos Aires;

Depois do jantar, Emmily, Juliana, Francisco e uma terceira mulher foram para o apartamento do empresário, em uma área nobre da cidade;

 Em 30 de março, um morador do prédio ligou para a polícia informando a presença de um corpo nu no andar térreo;

O empresário dono do apartamento, Francisco Sáenz Valiente, e Juliana Mourão foram levados pela polícia;

Juliana foi solta momentos depois, mas segue sob investigação, Francisco Sáenz Valiente foi preso;

Em depoimento à polícia, Francisco Sáenz Valiente disse que a brasileira se jogou da janela;

 No dia 3 abril, o advogado da família de Emmily informou que o caso é tratado como feminicídio na Argentina;

 Em 4 de abril, Aristides Rodrigues, pai de Emmily, deu entrevista à TV Bahia. Ele contestou a versão de suicídio e disse que o empresário e Juliana apresentavam marcas de arranhões;

Em entrevista ao g1, amigas de Emmily afirmaram que há tentativa de difamação contra a brasileira no país. Elas também não acreditam na versão de suicídio ou surto psicótico, que foram apresentadas pelo empresário. Segundo elas, Emmily não usava drogas e bebia pouco;

 No dia 6 de abril, um áudio que faz parte dos anexos da investigação foi divulgado pela família de Emmily. A baiana aparece gritando por socorro ao fundo de uma ligação feita por Francisco Sáenz ao serviço de emergência da cidade;

 Em 16 de abril, o pai de Emmily desmentiu a informação de que a família teria recebido carta manuscrita do suspeito. O caso segue sendo investigado pela polícia.

 Em 19 de abril, o suspeito foi solto após determinação judicial.

 Em 21 de abril, as amigas da vítima protestaram na frente da embaixada brasileira em Buenos Aires.

FONTE: G1

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