O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve se encontrar com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, nesta sexta-feira (10) na Casa Branca, sede do governo norte-americano, em Washington (EUA). Lula irá acompanhado da primeira-dama, Janja, e de uma comitiva de ministros que ainda está sendo definida. As informações foram divulgadas hoje pelo Ministério das Relações Exteriores. PUBLICIDADE No dia 10, pela manhã, está previsto um encontro com Biden, parlamentares e interlocutores do governo norte-americano. Segundo o embaixador Michel Arslanian Neto, secretário de América Latina e Caribe, é possível que haja declarações à imprensa norte-americana. O foco da viagem de Lula é de “caráter político”, disse o embaixador. “Imediatamente após a vitória do segundo turno ele [Lula] recebeu o convite dos EUA para visita presidencial. É uma oportunidade para o encontro entre os dois líderes”, afirmou Arslanian Neto. Democracia. Os ataques golpistas sofridos pelos dois países serão pauta na conversa entre Biden e Lula. Em 6 de janeiro de 2021, apoiadores do candidato derrotado nas eleições Donald Trump invadiram a sede do Capitólio e depredaram o local. Em 8 de janeiro deste ano, golpistas invadiram os prédios dos Três Poderes em Brasília e destruíram boa parte dos edifícios.
“Os dois países experimentando desafios semelhantes, uma preocupação comum com o tema da radicalização, violência política, tema do uso das redes para difusão de desinformação, discursos de ódio. As duas principais democracias do mundo se reunindo”, disse o embaixador. Outros temas que deverão ser discutidos serão: Direitos Humanos: governo brasileiro tem objetivo de “impulsionar” as ações da gestão neste tema. A situação dos povos indígenas no Brasil deve ser discutida com o governo Biden. O governo Lula tenta reverter a situação da população yanomami, que vive crise sanitária e humanitária Meio Ambiente: o governo tenta retomar o papel de protagonismo do Brasil nos assuntos relacionados ao Meio Ambiente e o tema será debatido na reunião Defesa: segundo o Itamaraty, o governo brasileiro tem “grande histórico” de articulação entre as forças armadas dos dois países. “Há um interesse do Brasil ter acesso ao mercado de defesa norte-americano, ampliar esse acesso, e ter uma atuação conjunta em terceiros mercados” Combate à fome: o assunto é um problema urgente no Brasil e tema de campanha de Lula, que colocou como objetivo pautar o tema a nível mundial neste ano, principalmente quando o país assumir a presidência do G20, grupo internacional de ministros de finanças e chefes dos bancos centrais de 19 maiores economias mais a União Europeia.
Fonte: Uol