Governo lança campanha de doação de leite materno para aumentar índice de bebês atendidos de 55% para 60% este ano

Foco é nas crianças prematuras ou com baixo peso; leite humano é capaz de reduzir em até 13% mortalidade em crianças menores de 5 anos por causas evitáveis. Ministério planeja lançar política nacional para incentivar doação e aleitamento ainda este ano.

 

O Ministério da Saúde lançou nesta quinta-feira (18) uma campanha de incentivo à doação de leite materno. O objetivo da pasta é aumentar o índice de atendimento pelo Banco de Leite Humano de crianças prematuras ou de baixo peso que não puderam ser amamentadas pelas próprias mães.

A meta da pasta é aumentar o atendimento para 60% ainda este ano. Segundo o Ministério da Saúde, hoje, 55% das crianças que não puderam ser alimentadas com o leite das próprias mães são atendidas pelo Banco de Leite Humano.

No ano passado, o Brasil coletou 234 mil litros de leite de 197 mil doadoras. Beneficiaram 222 mil recém-nascidos.

Desde 2000, segundo dados do Ministério da Saúde, 37 milhões de mulheres foram assistidas pela iniciativa e mais de 3 milhões fizeram doações.

Apesar dos números, somente a região do Distrito Federal é autossuficiente (ou seja, é independente de outras) em leite materno. Na avaliação do secretário de Atenção Básica em Saúde, Nésio Fernandes, essa característica reforça a importância das doações em todo o país.

“Nos últimos anos, tivemos pequenos crescimentos na doação de leite, no entanto, ainda insuficiente para atender a totalidade do público que pode ser beneficiada”, disse o secretário.

De acordo com o Ministério da Saúde, o leite humano é capaz de reduzir em até 13% a mortalidade de crianças menores de 5 anos por causas evitáveis e garante mais chances de recuperação e vida saudável especialmente para bebês prematuros e com baixo peso.

A opção para quando não há o leite humano é o uso de fórmulas que simulam suas propriedades. A alternativa não é considerada ideal e tem alto custo para o Sistema Único de Saúde (SUS).

Política nacional

 

Segundo Nésio Fernandes, o ministério planeja apresentar ainda este ano uma política nacional para reestruturar a doação e o estímulo ao aleitamento materno.

“Temos uma experiência de décadas que ainda não foi estruturada em uma política nacional de doação e estímulo ao aleitamento materno estruturada. O Ministério da Saúde pretende ainda este ano apresentar uma política nacional que vai ressignificar em infraestrutura, financiamento e políticas educacionais”, disse.

O Brasil é considerado referência mundial na doação de leite e tem a rede mais bem estruturada do mundo de bancos voltados para esta finalidade.

Hoje, são 227 bancos de leite humano espelhados em todos os estados brasileiros e 240 postos de coleta. Os números vêm crescendo ao longo dos anos: em 2000, eram 109 bancos de leite, e chegou a 200 em 2010.

A região Sudeste lidera o ranking com 93 bancos, sendo 58 deles em São Paulo. Na sequência, estão o Nordeste com 53 bancos de leite, o Sul com 38, Centro-Oeste com 27 e a região Norte com 16. Além do oferecimento de leite humano para famílias que não puderam por algum motivo fazer aleitamento próprio, os bancos são locais de apoio a mulheres com dificuldades na amamentação.

FONTE: G1

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